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Mantendo a carne bovina brasileira na mesa

Por André Mussio, Gerente Nacional, Gallagher Animal Management Brasil

quinta-feira, 04 setembro, 2025

Andre Mussio

A carne bovina brasileira é um dos maiores pontos fortes do nosso país. Ela representa o trabalho árduo de gerações de agricultores e pecuaristas que criaram rebanhos com cuidado, resiliência e dedicação.

De operações familiares a grandes fazendas, nossos produtores conquistaram para o Brasil o posto de maior exportador de carne bovina do mundo. O recorde que estabelecemos em julho de 2025 foi de quase 277 mil toneladas métricas de carne bovina exportadas. 17% a mais do que no ano anterior, mostra o quão importante é o nosso trabalho, não só para a nossa economia, mas também para o abastecimento alimentar global.

Mas os recentes acontecimentos são um lembrete de como essa posição pode ser frágil. Nos Estados Unidos, a Associação Nacional dos Pecuaristas (NCBA) pediu que o suspensão das importações de carne bovina brasileira, apontando atrasos nos relatórios e questionando a confiabilidade dos nossos sistemas. Eles pressionaram os legisladores dos EUA para que realizassem auditorias e até sugeriram retaliações comerciais. Isso ressalta uma verdade fundamental dos mercados modernos de produção de alimentos: a confiança é uma moeda. A confiança do consumidor na segurança e transparência da nossa carne bovina é tão importante quanto a própria carne.  

O caminho a seguir é claro: o Brasil deve adotar a rastreabilidade como uma vantagem estratégica; e os produtores brasileiros estão bem posicionados para liderar essa transformação. Muitos já utilizam a AgriTech para gerenciar rebanhos com mais eficiência, reduzir perdas e melhorar o bem-estar animal. Ao incorporar esses sistemas em estruturas de rastreabilidade mais amplas, eles podem demonstrar proativamente a conformidade, em vez de reagir à pressão externa. Essa mudança não apenas protege os mercados existentes, mas também cria novas oportunidades onde a sustentabilidade e a segurança alimentar verificadas geram prêmios mais altos.

A tecnologia moderna fornece as ferramentas de que precisamos. Etiquetas de identificação eletrônicas, sistemas de balanças inteligentes e software integrado de gerenciamento de fazendas tornam possível documentar todas as etapas do ciclo de vida do animal, desde o nascimento até o processamento. Quando essas informações estão disponíveis instantaneamente, os produtores podem responder rapidamente a eventos de saúde, os auditores podem verificar a conformidade com confiança e os consumidores podem confiar na integridade da carne bovina em seus pratos. A rastreabilidade não é um fardo administrativo. É uma vantagem competitiva, um passaporte para mercados premium e uma garantia de acesso de longo prazo ao comércio global.

O comércio global de carne bovina está mudando. Não se trata mais apenas de fornecer proteína, mas de atender aos mais altos padrões de segurança, sustentabilidade e responsabilidade; e a tecnologia é a ponte entre o risco e a resiliência. 

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“O Brasil deve adotar a rastreabilidade como uma vantagem estratégica”

André Mussio